domingo, 17 de enero de 2010

Noticias "republicanas" desde "As Terras das Frieiras": Cádavos (A Mezquita), Fructuoso Manrique y "Don Sergio"

Un descendiente de republicanos ourensanos que sufrieron la represión y el exilio, el profesor José Luis Fernández Díaz, nos da la primicia en "La Región" (18-1-2010) acerca de historias de la Memoria Histórica de As Frieiras.
A través de un recuerdo-homenaje a uno de los líderes de Izquierda Republicana en Ourense en los días de Segunda República, Fructuoso Manrique, nos enteramos de los vínculos profesionales y familiares de éste con Cádavos-A Mezquita-Ourense. Manrique emparenta con la familia García Barros (de Cádavos).... y la saga familiar desemboca finalmente en Sergio García Ferrera, que fue alcalde del PSOE y médico de A Mezquita durante años.

Vista de Cádavos-A Mezquita-Ourense (tomado de Wikipedia)

En las "Terras das Frieiras", a Sergio García Ferrera se le conoce como "Don Sergio, o médico da Mezquita", y es bien conocida su fidelidad a la militancia e ideario socialista. Recientemente lo pudimos ver a la vera de Emilio Pérez Touriño, el expresidente socialista de la Xunta de Galicia, en el acto político que se celebró en Viana do Bolo -Ourense a finales del 2009 organizado por el PSOE local (fue el primer evento político protagonizado por Touriño fuera del hemiciclo parlamentario tras su derrota en las urnas en la primavera de 2009).

Don Sergio, en la foto, a la derecha de Emilio Pérez Touriño. Viana do Bolo, outono 2009. (tomado de Faro de Vigo).
También teníamos noticias de su gran interés y participación en todos los actos en tornos a la recuperación del período de la Segunda República y los homenajes a los represaliados en la Guerra Civil por el franquismo. Nuestros reporteros en la zona ya nos habían informado de su asistencia a eventos en Lubián-Zamora, Ourense, Verín, Gudiña...., pero la verdad es que ignorábamos parentescos y cercanía de Don Sergio con Fructuoso Manrique o Manuel García Barros, ambos asesinados por los sublevados fascistas entre verano de 1936 y 1937 (y todos ellos con vínculados a las Terras das Frieiras, como bien explica José Luis Fernández en su artículo). Quedamos a la espera de la siguiente entrega de los trabajos de este autor.
  • ¿Para cuándo unas jornadas sobre Recuperación de la Memoria Histórica/Política de la Segunda República y de la represión franquista en as Terras das Frieiras?. Hay historias mas que suficientes para contar e investigar: los maestros de Chaguazoso-Tameirón y la historia del maestro de la ATEO Don Baltasar Vázquez; los carabineros fieles a la República del puesto de la Aduana de Cádavos; Felicísimo Pérez Ortega, el alcalde republicano de A Gudiña; el maquis socialista Candido Losada "Malvavisco" (Vilavella-A Mezquita); el practicante Alonso San Román (y su hijo el Dr. Alonso Novo -exsenador del PSOE de Zamora-), ambos de Vilavella; los Fernández Armesto "republicanos" y Augusto Assía; Alberto Fernández Martínez "Mezquita", el novio troskista de Maruja Mallo; la banda de los "Cucos" entre Sernande-Pinheiro Novo-Cisterna y A Gudiña; las mil y una historias de los "carrilanos" (obreros/labregos en la construcción del ferrocarril), de contrabandistas, de la "raia" (frontera) portuguesa/Castela-León.....A ver si los del Concello de A Mezquita (con gobierno PSOE-BNG) nos dan un día una buena noticia y se animan a organizarlas. Seguro que encuentran colaboradores y ponentes más que dispuestos a participar.....
---------------------------- Enlaces al artículo "Homenaje a Fructuoso Manrique" de José Luis Fernández: http://www.laregion.es/opinion/7205/
http://joseluisfdezcarnicero.blogspot.com/2010/01/homenaje-fructuoso-manrique.html (con una foto de Fructuoso Manrique). Enlace a artículo sobre la Guerra Civil y la Segunda República en As Frieiras: http://www.ourensedixital.com/santo_lai/index.htm

1 comentario:

David Simón-Lorda dijo...

"a fonte mais fidedigna e de maior interesse para o encadeamento dos sucessos relacionados com a repressão aos guerrilheiros antifranquistas na zona fronteiriça de Trás-os-Montes durante o ano de 1946, são os arquivos da GNR. Aí encontramos uma: «Cópia da Nota Confidencial Nº.2, de 11 de Março de 1946,

«Houve, é certo, desde fins de 1943 uma quadrilha conhecida por Os Cucos, que actuando em colaboração com elementos espanhóis foragidos da Guerra Civil de Espanha, praticavam assaltos à mão armada na região de Vinhais. Desde então essa quadrilha, composta de oito indivíduos, tem sido alvo de uma perseguição sem tréguas e teve o seguinte destino (cito os seus nomes porque alguns deles, como o Cuco , Liró , e os irmãos Veiga figuram em documentos de autoridades espanholas, que os conhecem e que certamente se regozijarão com a sua captura): 1 -António dos Santos, o Cuco e 2 - seu irmão Manuel; 3 -José Gomes Júnior, o Chuche ; 4- António Augusto Pais, o Mofra ; 5 -António Veiga, o irmão do Boina s; 6 -Silvério Veiga; 7 – João Manuel, o Boina s; 8- Manuel dos Santos, o Liró .»

Segundo a mesma fonte, tiveram o seguinte fim: o Cuco, o Liró, o Chuché, o Boinas e seu mano António, foram todos presos durante o ano de 1943 e metidos na cadeia de Vinhais, donde se evadiram por duas vezes: uma por arrombamento do soalho, outra por serração das grades. Presos pela terceira vez, foram transferidos para Chaves. O irmão do Cuco, o Manuel, morto pela GNR no acto da captura. Silvério Veiga, preso pelas autoridades espanholas.

Para este êxito, e à semelhança do que atribuíam aos guerrilheiros, também a GNR recorreu a ardis: praças disfarçadas de raparigas de campo, outras de camponeses de foice, pau, chapéu de palha e sacola como se fossem segadores. Citam, embora o não identifiquem, um guerrilheiro que concebeu um esconderijo na parede à qual recostou a cama. Quando a GNR aparecia, ele passava do leito para o esconderijo e a mulher fingia-se doente. Um dia os guardas prenderam a mulher e encaminharam-se com ela para Vinhais. O guerrilheiro saiu-lhes ao caminho e apresentou-se.

«As regiões fronteiriças portuguesas estão limpas de bandidos» – concluía o comandante da GNR de Bragança. As autoridades espanholas insistiam e provavam que não. E como o «Governo Português se interessava pelo assunto», a GNR resolveu actuar.

«Quartel em Bragança, 29 de Abril de 1946. O Comandante da Companhia Herculano São Boaventura de Azevedo, Capitão ORDEM A 1 - Situação – Notícias vindas de Espanha dão como certa a existência de bandidos na Região da Lomba do Concelho de Vinhais, nomeadamente nas povoações de Pinheiro Novo e Pinheiro Velho. 2 -Os bandidos são guerrilheiros profissionais, bem armados, dextros em todas as espécies de ciladas e ardis, a quem o terreno favorece e devem encontrar-se, além das povoações já referidas, nas de Cisterna, Vilarinho da Lomba, Sernande, Edroso e Carrascal, situado a N da foz da Ribeira que fica a 1300 m a SO da povoação de Contim.»